Eu sou Henrique Nardelli, neto de Fortunato Nardelli e Corina Nardelli.
Meu avô, era natural de Cadine, Trento-Italia e minha avó de Finale Emília, uma Comuna Italiana da região da Emília Romanha, província de Modena.
Minha mãe, Maria Nardelli era uma das caçulas dos 15 filhos de Fortunato e Corina, e a memória desse casal de emigrantes estava registrada em apenas um pequeno postal da Igreja de Cadine onde meu avô havia sido batizado e também uma foto de parentes da Itália.
No ano de 1992, um Italiano que viajava o mundo à procura dos descendentes Trentinos, ao visitar uma família, em Barra Mansa-RJ, viu uma Loja de Móveis com o nome NARDELLI, e a sua curiosidade foi grande, pois esse era um sobrenome de origem Trentino, então , ele solicitou à família que o hospedava que buscasse a história e os documentos da família Nardelli para que ele pudesse pesquisar na Itália.
Posteriormente enviei para esse Italiano o referido postal da Igreja e a foto, identificada como sendo de Geovanni Nardelli e sua família, irmão de Fortunato Nardelli.
Para minha surpresa, esses dois documentos bastaram para que o Pároco desta Igreja do postal, reconhecesse na foto a sua paroquiana Irma Nardelli, prima de primeiro grau de minha mãe e me enviasse o Batistério do meu avó.
Em 1994, fiz minha primeira viagem à Itália quando refizemos os laços familiares, Brasil X Itália que haviam se perdido.
Hoje somos muitos NARDELLI por aí, em Passa Vinte-MG, temos os descendentes de uma de suas filhas, Zelinda Nardelli, uma Educadora, cujos filhos, netos, bisnetos e tetranetos estão na cidade para contar e recontar essa bela história.
Em Carlos Euler, distrito de Passa Vinte-MG moram vários descendentes dos filhos do casal de Italianos, emigrantes que fizeram de Carlos Euler sua terra, cuja beleza muito se parece com a de Cadine-Trento, Itália.
E, como bons descendentes Italianos, gostamos muito de contar as histórias de nossa família.
Curiosidade: desde criança frequento Carlos Euler, mas só fixei residência aqui em Março/2020. Por conta da Pandemia COVID-19, vim com minha família em busca de um lugar mais seguro e acabei comprando uma propriedade rural, que só quando fui ao Cartório de Imóveis requerer a Certidão de Inteiro Teor, constatei que as terras que hoje possuo pertenceram ao meu avó, que as vendeu em 1936 a E.F.O.M ( Estrada de Ferro Oeste Minas), com exatamente a mesma metragem, nem um centímetro a mais e nem um centímetro a menos, dessa maravilhosa terra.
Coincidência? Destino? Minha gratidão aos meus avós, Corina e Fortunato Nardelli.